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  Em continuidade ao primeiro encontro da aula do Prof. Ernani, instigada pela leitura pontuada Giorgio Agamben (2009) e sugestão de leitura complementar sobre o termo "Efêmero"- na perspectiva da  Arte contemporânea, gostaria do comentário de alguns tópicos pelo docente, se for possível:

1) Se numa pesquisa que relaciona duas áreas de conhecimento - Museologia ( catalogação - parte do processo de Documentação Museológica de obras contemporâneas) em interface com a Arte Contemporânea - Pesquisa em/sobre Artes Visuais (em=poéticas= criação artística e sobre= Crítica, História da Arte e Estética , segundo Sandra Rey, 1996*) - é  possível adotar como categoria analítica - Obras de Arte efêmeras- para caracterizar Obras/processos de artistas nas linguagens da instalação, happenings e performances? Ou esse dispositivo analítico pode vir a ser uma armadilha teórica?  

* REY, Sandra. D Prática à teoria: Três instância metodológicas sobre a pesquisa em poéticas visuais. Porto Arte, Porto alegre, v.7,n.13, p.81-95, nov.1996.

2) O termo "Efêmero" e a Arte: Surgi como um conceito curatorial para denominar instalações, happenings e performances que não tem pretensão de ser perenes e se opõem às formas mais tradicionais da Arte. Transformações das noções sobre o que é a obra de arte, a participação do publico e a relação corpo do espectador e do próprio artista no espaço/lugar e tempos.

 Abordagem sobre o uso histórico do termo- anos 1950-1970- Grupo Fluxus; no Brasil- final de 1960 e na década de 1970- ressonância dos movimentos europeus + cenário político de exceção - Militar (1964)--- Hélio Oiticica (1937-1980); ARTHUR BARRIO - Exposição das trouxas de sangue no MAM/RJ, em 1969, dentre outros.

2.1. Na atualidade esse termo "EFÊMERO" E O DISPOSITIVO ANALÍTICO - OBRA DE ARTE EFÊMERA- Pode vir a ser uma forma de aprisionar ou tentar categorizar em excesso as múltiplas possibilidades de aparição (acontecimentos) das obras nas linguagens artísticas da Instalação, happenings e performance?    

Agradeço, o comentário!